Aqui e agora, nos deparamos com uma cena em que um homem e uma mulher se beijam.Como filósofo naturalista me pergunto:
"Como e porque a Natureza produz tal cena?! De onde vieram as forças e os elementos materiais que convergiram para este ponto no tempo e espaço, aqui e agora?! Como foi a evolução disso?"
Uma breve "olhada" no passado, pensando na Terra primitiva, quando ainda não existiam sistemas biológicos por aqui, uma outra cena imaginada revela as respostas...
Duas placas tectônicas que se atraem magnéticamente, se encontram. Se "beijam".
Deste beijo "mecanizado" resultam terremotos nos dois continentes. Por isso, no caso do mesmo beijo, agora "humanizado", resultam sensações no resto dos dois corpos, como arrepios. Terremotos humanos.
Mas os efeitos do beijo mecanizado entre duas placas tectônicas não param apenas nas suas extensões sólidas, rochosas: os terremotos prosseguem atingindo os oceanos, um nivel mais subliminar da matéria, o estado liquido, e as àguas se agitam, ficam revoltas, chegando a provocar maremotos. Da parte sólida, os beijos do planeta avançam para partes menos densas da matéria, mais "sutís", como são os seus estados líquidos.
Pois quando isso evoluiu, entrando no reino biológico, chegando às arquiteturas humanas, os efeitos de seus beijos não se limitam às agradáveis sensações dos arrepios nos corpos físicos, mas avançam alcançando reinos mais sutis da matéria, um estado mais que liquido, quase plásmico, denominado "mental". E assim como quando dois corpos com polaridades complementares se atraem eletro-magnéticamente e se colam para sempre, assim nasce o que sabemos existir mas nunca soubemos explicar: a paixão.
( Este é um dos motivos pelos quais gosto de mim como filosofo naturalista. Sempre quando começo a descrever a história evolutiva e origens de um fenômeno natural relacionado ao humano, no inicio causo desconforto no leitor, porque reduzo o belo das emoções humanas ao puro e bruto reino da física mecanicista. Eu tiro a roupa da Natureza, desnudando-a para realmente conhece-la em sua intimidade. Depois retorno ao reino humano, ao campo das emoções que, assim desejamos, nos posiciona num lugar especial do mundo, mas agora com novo vigor jamais experimentado antes. E muito mais realista do que nossos entendimentos anteriores. As nossas "emoções"surgiram apenas ainda ontem, se considerar-mos a escala cósmica do tempo universal. Mas tôdas elas já estavam previamente desenhadas nos reinos eletro-magnéticos desde as origens do Universo, e quiçá, antes ainda. Assim, meus deuses não precisam descer de sua grandiosidade para virem a cada pequeno mundo e a todo tempo interferindo para criar coisas, como a vida biológica, a psicologia humana sobre o mais simples cérebros de macacos, etc.Não! Eles são suficientemente capazes e inteligentes para fazer planos que tomam bilhões de anos para se realizarem.)
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